Teste Mãe Catarinense é disponibilizado para todas as Gestantes nas UBSs de Otacílio Costa

O Teste da Mãe Catarinense (eletroforese de hemoglobinas) é um exame feito para investigar se a gestante é portadora de alguma doença falciforme, como a anemia falciforme por exemplo, o exame está disponível em todas as unidades de saúde do município de Otacílio Costa, e tem como objetivo o cuidado da gestante e do recém-nascido já no seu primeiro ano de vida.
Segundo a Enfermeira Greycy Kelly Costa Borges, da UBS Fátima 2, o teste deve ser realizado durante o primeiro trimestre de gestação. “O teste consiste em um procedimento simples e rápido, com apenas uma pequena picada no dedo semelhante aos testes rápidos, é feito a coleta desta amostra e identificado com os dados da gestante, preenchido o comprovante de coleta para ser anexado como arquivo no livro de coletas da unidade, após são encaminhados para a FEPE, que é a Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional, para análise”, comentou.
O exame, segundo ela, detecta hemoglobinopatias, que é um grupo de doenças que ocorre no sangue, causando a alteração na produção da hemoglobina. “Quando a quantidade de hemoglobina em um indivíduo cai abaixo dos valores que consideramos normais, temos o que chamamos de anemia”, disse.
Os resultados ficam disponíveis no site por até 90 dias, e toda a gestante tem direito ao Teste Mãe Catarinense bem como ao acompanhamento pré-natal.

Doenças relacionadas à hemoglobinopatias mais comuns na gestação

As doenças relacionadas à hemoglobinopatias mais comuns na gestação são a doença falciforme e traço falciforme.
A doença falciforme é caracterizada por uma doença que ocorre mais precisamente nos glóbulos vermelhos, também chamados de hemácias que são responsáveis pelo transporte do oxigênio no sangue, as hemácias contêm hemoglobina, que permite que o oxigênio possa ser transportado no sangue.
Desta forma, a doença falciforme dificulta a passagem de oxigênio para os demais tecidos do corpo, isso porque sua forma apresenta resistência na passagem pelos vasos sanguíneos pela falta de hemoglobina.
Já o traço falciforme não é considerado uma doença, geralmente mulheres gestantes com traço falciforme não apresentam risco aumentado para complicações graves, porém podem apresentar infecções do trato urinário com frequência. A presença do traço não é capaz de alterar as hemácias e provocar sintomas, mas permite a transmissão do defeito genético aos filhos.
Sendo assim, o teste pode detectar essa condição, possibilitando um acompanhamento correto durante a gestação, tomando os devidos cuidados durante o acompanhamento pré-natal.